quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Mais LIVROS e menos TABLET



Desde pequena que gosto de ler. Seguramente não nasci assim. Cresci rodeada de livros, sei-lhes o cheiro. Lembro-me de ver a minha mãe a lê-los, a arrumá-los na prateleira, como se de algo sagrado se tratasse. Esperava ansiosamente pelo sábado de manhã, quando em família, passávamos pela Livraria e os meus pais diziam "escolhe um livro".  Ficava fascinada. Segurava um qualquer, desde que fosse colorido na capa. Gostava de olhar para eles antes de os gostar de ler. Cresci a respeitá-los, a contemplá-los e a sonhar com eles. Ninguém me obrigou a ler. Talvez se o tivessem feito, eu não estaria hoje a escrever este post. 

Hoje um pai perguntava-me na consulta como fomentar a leitura no filho. Perguntei-lhe se o próprio lia. Respondeu-me apenas jornais, que não tinha "pachorra" para ler. 

A este pai, e a todos os pais que se debatem com o mesmo problema, digo-vos:

A leitura cultiva-se, vamos aprendo a gostar. Deve ser estimulado desde bebé. A "hora do conto", "a história de adormecer", são excelentes oportunidades para os pais iniciarem o encontro com a leitura e de forma transversal, estimular a criatividade, a atenção, a concentração. Oscilar o tom de voz, ritualizar o momento, são peças chave para aguçar a curiosidade sobre os livros. 

Em idade escolar, tenha livros por perto e deixe-os folhear e mexer neles. Ofereça um livro que foi seu com especial significado. Dê o exemplo e leia também. 
Nos tempos livres frequente livrarias e bibliotecas. Ofereça livros nos aniversários e datas especiais. Estimule actividades que usem a leitura.

Mas acima de tudo, modele pelo exemplo.

Boas leituras!




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